domingo, 10 de junho de 2012

Leia o que Zé Dirceu escreveu sobre os acontecimentos na Quebrada.


Lamentável atuação da Polícia Militar em Foz do Iguaçu
Zé Dirceu é ex-ministro do governo Lula.


Publicado em 06-Jun-2012
Inadmissível a truculência da Polícia Militar em Foz do Iguaçu (PR) contra estudantes da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Cinco viaturas (uma da Tropa de Choque) foram acionadas em função de reclamação de morador provocada por conta de uma festa. Resultado: jovens agredidos, feridos e levados à delegacia em um clássico episódio de abuso de poder cometido por policiais.

Sábado à noite, os estudantes da UNILA promoviam uma festa de aniversário em uma das moradias da universidade. Uma denúncia de “perturbação da ordem” acionou os PMs que se dirigiram para o local. Quando chegaram, exigiram falar com o “representante da festa” para levá-lo preso.

Em entrevista ao portal Clique Foz, Jessé Rafael Neri Santos, estudante de Letras da UNILA, conta que os jovens explicaram aos policiais que “não tinha um representante e que não há hierarquia na moradia”.

Não contentes, os policiais pediram reforços e reuniram cinco viaturas – uma da Tropa de Choque! Tudo, meus caros, para resolver um problema de rotina ante 40 estudantes desarmados que participavam de uma festa.

Prova inconteste do abuso de poder


Veja o vídeo
Os policiais entraram com cassetetes em punho e não só xingaram como agrediram e espancaram os jovens. Não bastasse isso, levaram oito estudantes para a delegacia e autuaram dois por perturbação da ordem e desacato à autoridade.

Desacato à autoridade? Com que direito os policiais vão para cima dos universitários da UNILA? Veja você mesmo, leitor, a estupidez que foi a intervenção dos PMs (clique aqui para acessar o vídeo). É chocante! São imagens que nos fazem lembrar os piores anos da ditadura militar, quando os direitos civis não existiam neste país.

“Eles batiam com cassetete, davam chutes, não importava se era homem ou menina”, afirma Jessé. Um dos autuados, Leonardo S. Lopes teve duas fraturas e várias lesões no corpo. A estudante Agustina Cola, de apenas 20 anos, foi presa. Ela conta ao portal: “Eles simplesmente me jogaram na parte de trás do carro [camburão]. Em momento algum me explicaram o que estava acontecendo ou tentaram me acalmar. Eu fiquei muito assustada com tudo isso”.

A ação dos policiais, além de deixar óbvio o despreparo da polícia para lidar com a situação, revela os preconceitos presentes na corporação. O jovem venezuelano Vicente Giardina, também autuado, relata que os policias falaram mal do seu país: “Eles [os policiais] diziam que na Venezuela não tem gente, só tem animal, e questionavam o curso que eu estudo, foi uma humilhação”.

O episódio é relatado pelos próprios estudantes no blog Quebrada do Guevara.

A resposta da PM

O Comandante da PM, major Elias Ariel Sousa, afirma que a corporação trabalha com o “mínimo de efetivo nesses casos de perturbação de ordem”. Tenta justificar, afirmando que os alunos estavam “visivelmente alcoolizados” – eles estavam em uma festa, Major.

Ele pondera que “os policiais usaram arma de pressão, não para atingir os alunos, mas para dar o efeito moral e dispersar a aglomeração”. Mas a verdade é que não há justificativas para ação da PM na UNILA. Providências precisam ser tomadas. É o que espera a sociedade brasileira em tempos democráticos. Não podemos admitir tais atitudes da polícia militar, que agiu como se estivesse na ditadura militar. Preconceito, violência e abuso de poder não fazem parte do Brasil democrático que lutamos para construir.

Fonte:
http://www.zedirceu.com.br//index.php?option=com_content&task=view&id=15479&Itemid=2

Vídeo mostra agressão de policiais a estudantes da Unila

A Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, no Paraná pediu oficialmente que a Polícia Militar apure excesso de violência contra seus alunos na madrugada de domingo, dia 3. Gravações de circuito interno de uma moradia estudantil da instituição mostram policiais usando força para deter oito estudantes. Foram usados cacetetes, socos e puxões de cabelo.

A Polícia Militar afirma que recebeu o chamado de barulho alto na moradia alugada pela universidade. Segundo os estudantes, um aniversário era comemorado. Os policiais parados na porta do local, a meia-noite, como mostra o relógio da câmera, queriam que o responsável se apresentasse. Um deles chegou a desviar a câmera, que foi recolocada no lugar. Após alguns minutos de recusa dos estudantes a apresentar responsáveis, eles invadem o prédio e retiram sete rapazes e uma mulher do local. A maioria à força.

Os estudantes foram liberados durante a madrugada e o dia seguinte após dar depoimento. O compando da polícia defendeu o procedimento. Em nota, a Unila diz que solicitou à Corregedoria da Polícia Militar que fosse aberto procedimento disciplinar. "A Unila se sente na obrigação, enquanto instituição federal de ensino, de se posicionar veementemente contra os excessos cometidos pelos policiais militares no exercício de suas funções."

O estudante de Cinema e Audiovídeo, Ary Neto, de 28 anos, estava no local e diz que havia cerca de 40 pessoas. A maioria residentes e cerca de 15 convidados de outros prédios. "O som alto de que reclamaram era duas caixinhas de computador ligadas em um mp3", comentou. "Os polícias já chegaram com a intenção de usar a violência, como dá para perceber pelas câmeras."

No total o vídeo tem 15 minutos. Os trechos cortados pela TViG são de continuidade da ação anterior.

Fonte:
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-06-10/video-mostra-agressao-de-policiais-a-estudantes-da-unila.html

Parabéns Foz do Iguaçu!



A UNILA veio para somar!