Tendo em vista o posicionamento publicado ontem no site oficial da Unila a respeito da invasão da polícia militar na moradia estudantil Quebrada do Guevara, o Comitê de Solidariedade às vítimas destaca:
- Entendemos a abertura do procedimento disciplinar perante a Corregedoria da Polícia Militar do Estado do Paraná, como ação positiva, justa e necessária para a apuração da violência praticada contra jovens brasileiros e estrangeiros residentes no país.
- Com relação a abordagem dos policiais, há um equívoco na nota. Em vez de dois estudantes, as imagens comprovam que os policiais estavam determinados a prender apenas um estudante. Perante tal imposição dos policiais, os residentes se voluntariaram a acompanha-lo até a delegacia para a segurança e integridade da suposta pessoa que fosse detida. Diante da recusa dos policiais, instaurou-se um impasse e a partir de então começaram a dar voz de prisão de forma indiscriminada e a atacar brutalmente os estudantes.
- Também é equivocado o número de estudantes detidos pela polícia militar. Segundo a nota, sete estudantes foram detidos, quando na verdade foram oito, sendo três brasileiros e cinco estrangeiros, dentre eles, uma mulher.
- Destacamos que o clima de tensão e medo que ainda permanece entre as vítimas foi causado pela brutalidade dos invasores à balas e cassetetes e por não terem a quem pedir socorro, uma vez que o banditismo foi causado pela própria polícia. No momento do impasse, um policial tenta redirecionar a câmera do circuito interno, o que prova que tal violência foi premeditada.
- Seja de ordem militar ou civil, o que se sabe é que os estudantes foram vítimas de um crime. Dessa forma, nos manteremos vigilantes em relação à este processo, que segundo a nota, será "acompanhado de perto" pela instituição.
- Reafirmamos que alguns órgãos de imprensa desvirtuaram informações e impuseram aos alunos da Unila uma imagem perante a sociedade que não condiz com a realidade. E diante deste fato, reivindicamos que seja cobrado por parte da Unila, direito de resposta nestes veículos e dessa forma reduzir os danos morais já causados pelas referidas distorções.
- Por fim, lamentamos que três dias após o ocorrido, a Unila vem a se pronunciar.